Segundo estudo da Top Employers Institute, que entrevistou 600 empresas em 99 países, os feedbacks são o método de medição de desempenho preferido e o mais eficaz entre as organizações. O seu principal objetivo é encorajar e criar confiança entre os profissionais, trazendo harmonia para o ambiente interno das organizações.
Quando falamos em feedback, falamos automaticamente em pessoas, entre pessoas, com as pessoas e especialmente para as pessoas. Esse “especialmente” foi cuidadosamente colocado aqui porque feedback preconiza cuidado com o outro, vontade de estabelecer pontes de acesso e de apoio.
O feedback é uma ferramenta muito poderosa, porém perigosa se mal utilizada. Como dizem Jean-François Manzoni e Jean-Louis Barsoux na sua participação da obra “A arte de dar feedback”, publicada pela Harward Business Review, um feedback pode destruir o desempenho de qualquer um.
Esse momento de devolutivas e de crescimento precisa ser planejado, precisa ser estruturado para que ele atinja o outro como queremos e precisamos, de forma construtiva e de suporte. Muitas vezes, nossos feedbacks serão positivos: reforçaremos comportamentos, parabenizaremos pelas ações e incentivaremos novas atitudes. Em outras, nossos feedbacks serão corretivos: nos aprofundaremos, com respeito e interesse, para despertar no outro os ajustes necessários, as novas habilidades e as competências que ele precisa buscar, mostrando o quanto nos importamos e queremos ajudá-lo a crescer.
Sejam eles positivos, sejam corretivos, ambos são especiais e precisam de um lugar adequado, em um momento reservado e com um olhar de atenção e cuidado. Ouso dizer que esse momento é “precioso entre seres humanos”. Precioso por ser um momento de fala e de escuta, um momento de demonstrar o quanto nos importamos com o outro e, mais que isso, o quanto queremos vê-lo prosperar e ser feliz.
Felicidade, essa palavra mágica da qual corremos atrás diariamente, pode ser facilmente encontrada em um momento rotineiro de feedback. Nada nos faz mais feliz que receber um feedback verdadeiro e respeitoso. Nada nos faz mais feliz que sentir que fazemos a diferença e que as pessoas se importam conosco. Nada nos faz mais feliz que confirmar que temos importância e que somos parte fundamental daquela engrenagem que é a nossa organização.
Podem acreditar, um feedback pode mudar vidas. Um feedback tem o poder de transformar a vida profissional e a vida pessoal. Muitas vezes, o divisor de águas na vida de alguém é saber que alguém acredita que ele é capaz.
Simone Missel defende que o feedback é a principal ferramenta de desenvolvimento humano e profissional. Como vimos, ele é um grande aliado para o desenvolvimento das pessoas e para o crescimento dos resultados das nossas organizações. O feedback tem três propósitos na sua aplicação:
Melhorar a confiança entre líderes e liderados, entre equipes e entre todas as pessoas do ecossistema;
Melhorar a comunicação, trazendo transparência, clareza de objetivos e de expectativas e reforçar comportamentos;
Melhorar os resultados da organização em todas as suas métricas.
Estabeleça na sua organização a cultura do feedback. Crie rotinas semanais especiais para esses momentos um a um e veja como eles serão esperados e renderão muitos sorrisos no seu dia! Muitas vezes, a receita do sucesso e da felicidade está muito mais próxima do que imaginamos. Tenham certeza de que acreditar no ser humano é e sempre será o nosso melhor investimento.
Patricia B. Bordignon Rodrigues é Diretora de Marketing e Canais Benkyou
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo
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